2.5. O português moderno
No século XVI, com o aparecimento das primeiras
gramáticas que definem a morfologia e a sintaxe, a
língua entra na sua fase moderna: em Os
Lusíadas, de Luis de Camões (1572), o
português já é, tanto na estrutura da frase quanto
na morfologia, muito próximo do atual. A partir daí, a
língua terá mudanças menores: na fase em que
Portugal foi governado pelo trono espanhol (1580-1640), o
português incorpora palavras castelhanas (como bobo e
granizo); e a influência francesa no século
XVIII (sentida principalmente em Portugal) faz o português da
metrópole afastar-se do falado nas colônias.
Nos séculos XIX e XX o vocabulário português
recebe novas contribuições: surgem termos de origem
grecolatina para designar os avanços tecnológicos da
época (como automóvel e
televisão) e termos técnicos em inglês em
ramos como as ciências médicas e a informática
(por exemplo, check-up e software). O volume de
novos termos estimula a criação de uma comissão
composta por representantes dos países de língua
portuguesa, em 1990, para uniformizar o vocabulário
técnico e evitar o agravamento do fenômeno de
introdução de termos diferentes para os mesmos
objetos.
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