3.4.c. Guiné-Bissau
Em 1983, 44% da população falava crioulos de base
portuguesa, 11% falava o português e o restante, inúmeras
línguas africanas. O crioulo da Guiné-Bissau possui dois
dialetos, o de Bissau e o de Cacheu, no norte do país.
A presença do português em Guiné-Bissau não está consolidada, pois
apenas uma pequena percentagem da população guineense tem o português
como a língua materna e menos de 15% tem um domínio aceitável
da Língua Portuguesa. A zona lusófona corresponde ao espaço geográfico
conhecido como "a praça", que corresponde à zona central e comercial
da capital (Bissau).
A situação se agrava devido ao fato da Guiné-Bissau ser um país
encravado entre países francófonos e com uma comunidade imigrante
expressiva vinda do Senegal e da Guiné (também conhecida como
Guiné-Conakri). Por causa da abertura à integração sub-regional e da
grande participação dos imigrantes francófonos no comércio, existe
presentemente uma grande tendência de as pessoas utilizarem e aprenderem
mais o francês do que o português. Há aqueles que defendem que,
atualmente, o francês já é a segunda língua mais falada na Guiné,
depois do crioulo.
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